Em uma tarde de domingo com sol ameno, o Blog do Insulano visita o primeiro bairro oficializado da Ilha do Governador. Foi lá onde tudo começou, a primeira igreja foi erguida, os portos foram abertos, as bases militares foram construídas… Após a Capela de Nossa Senhora da Ajuda ter sido inaugurada, os fiéis católicos (ou fregueses, daí o nome do lugar) compareciam para o comércio, para morarem e, é claro, para o conforto espiritual. Em alguns anos, a simples capela deu lugar a Igreja Nossa Senhora da Ajuda, hoje tombada pelo IPHAN. Em frente, localiza-se a Praia da Guanabara, a maior da Ilha, com mais de 1 quilômetro de extensão e uma vista única da Baía da Guanabara, da Serra dos Órgãos e do Dedo de Deus (os dois últimos na longínqua região serrana do Estado do Rio).
O acesso se dá através da Avenida Paranapuã (que no dialeto indígena significa o “seio do mar”). Ainda que a poluição maltrate a natureza e macule todo o espetáculo visual, não há possibilidade de ficar alheio à paisagem. O mar agracia lentamente todo o percurso, e as construções antigas remetem aos áureos tempos do bairro: era lá que a primeira linha de bondes (Ribeira – Cocotá) encontrava seu retorno. Nessa época o mercado que mais crescia era o de hotéis, e é comum encontrar em seu entorno diversos estabelecimentos do tipo. Triste é observar a degradação, previsível, desses lugares…
O mercado atual não é muito vasto, transformando o bairro em um dos mais residenciais de toda Ilha. São alguns quiosques na orla, duas casas de festas, alguns resistentes hotéis, uma padaria, uma farmácia e dois postos de gasolina. A impressão que se tem ao visitar o local é de que o mesmo parou no tempo, com uma praça extremamente arborizada (antiga Carmela Dutra e atual Calcutá) em frente à Igreja Matriz. Ao final da orla encontra-se a famosa Pedra da Onça, um dos principais símbolos da cultura insulana e vastamente apresentado no Blog.
Vale o passeio, a atenção aos detalhes e uma visita à Rainha do Mar, Iemanjá, brilhantemente representada em uma gruta dentro da praia! É a diversidade cultural surpreendendo e renovando a Freguesia!
* Todas as fotografias presentes no post são de autoria de Rafael Vieira.
LER ESSE ARTIGO ME LEMBROU MINHA INFÂNCIA!!ME DEIXOU NOSTÁLGICA. 😀
Lar doce lar 🙂
Freguesia é um lugar maravilhoso, porém abandonado.
Concordo plenamente, Carol… Uma pena, de verdade, pq o lugar é uma graça, com um clima sem igual… Como já disse em outras oportunidades, me lembra a calma de Paquetá, mas com a vida urbana mais intensa! Eu gosto pra caramba…
O bairro da freguesia da Ilha do Governador, é um local, lindo, e tem toda a minha adimiração…Além de ser o primeiro bairro da Ilha do Governador…
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Marcelo Mendes
Nascido e criado na ilha do Governador
Muito bom esse espaço muito informativo